segunda-feira, novembro 28, 2011
A vida da mezinheira
O Pão-por-Deus chegou à EOI de Lugo
Quadras de pedir:
Estamos à sua porta
para pedir pão-por-Deus à senhora!
dê-nos um doce dos seus
e iremos a outra porta
Se castanhas não nos derem
Das que se topam pelo caminho
Para este Pão-por-Deus queremos
Uma boa garrafa de vinho.
Castanhas, nozes ou figos
Para este Pão-por-Deus queremos
Mas se o acham correto
Dinheiro aceitaremos
Nozes, castanhas e amêndoas,
qualquer coisa para comer
dará muita alegria
à nossa barriguinha
e aos santinhos que do céu
nos estão a ver
Pão-por-Deus pedem os santinhos
para dar aos seus vizinhos
e também uns bolinhos
para todos os meninos
Como manda a tradição
vimos pelo Pão-por-Deus
atendam a nossa requisição
Muito obrigados e adeus.
Se querem incomodar
vimos pelo Pão-por-Deus
aos que das suas poupanças têm de dar
eu também darei dos meus
Quadras de agradecimento:
Obrigados!
Já, que é boa e generosa
esta copla nós cantamos.
bendita esta casa seja!
e que sempre comida
para nos dar tenha!
Agradecida pelo Pão-por-Deus
pois nestes dias que vivemos
um presente como este
feliz faz aos meus
Muito obrigado de coração
Achamos muito bem a sua ação
Pão-por-Deus estamos a receber
Vocês muito vão viver
Esta sala cheira a rosa
aqui estuda gente valiosa
esta sala cheira a vinho
aqui estuda algum anjinho
Deus lhe dê o céu
e o converta em anjinho
por dar tantos bolinhos
a todos os meninos
Quadras de Maldizer
Pois já que nem patacão deu
Vamo-nos lá com deus
e fique você com os seus.
Por seres manhoso e agarrado
só ficarás para agarrar
ao diabo o rabo.
terça-feira, novembro 15, 2011
17 de novembro - 20h00: Fernando Vasquez Corredoira apresenta "101 Falares com Jeito" na EOI de Lugo (sala de atos).
O autor fará uma apresentação prática deste manual: um livro muito útil para aproveitar o português no sentido de melhorar a qualidade do galego.
domingo, novembro 13, 2011
CENA DO MANDARIM - ANTÓNIO (BÁSICO INTEGRADO)
Estava no seu jardim, sossegado, armando, para o lançar ao ar, um papagaio de papel, no passatempo honesto de um mandarim retirado, - quando o surpreendeu este ti-li-tim da campainha. Agora jaz à beira de um arroio cantante, todo vestido de seda amarela, morto, de pança ao ar, sobre a relva verde: e nos braços frios tem o seu papagaio de papel.