Toni (Intermédio I), repórter do suplemento português Cultura e Espectáculos, escreveu um artigo para tratar da situação precária por que estão a passar as escolas rurais da montanha luguesa.
Vejam aqui o testemunho do jornalista
depois de assistir ao colóquio realizado em Lugo a 26 de outubro de 2012.
domingo, janeiro 27, 2013
quinta-feira, janeiro 24, 2013
História de uma tasquinha
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Esta história começa há mais de cinquenta anos, quando os meus avós casaram e vieram morar para esta aldeia. Ao igual que muitas outras pessoas daquela época, daquele lugar, os meus avós começavam uma nova vida sem ter nenhuma coisa que não fosse o um ao outro.
Foi assim que surgiu esta tasquinha, como uma possibilidade de negócio, de ganhar um dinheiro para sobrelevar a nova etapa que tinham à frente. Muito tiveram de trabalhar para aquela tasquinha dar os seus primeiros frutos. Nos seus começos, era a minha avó que se encarregava dela a maior parte do tempo, enquanto o meu avô ia ao monte, ora com gado, ora segar a Castela.
O que lá se vendia era do mais variado, desde cerveja ou vinho até produtos alimentares, passando mesmo por umas meias para os dias frios de inverno, ou um saco de cevada para os cavalos.
Além disso, com a chegada do bom tempo e as romarias, aquela tasquinha tornava-se numa espécie de posto ambulante. Nos primeiros tempos, os meus avós carregavam bebidas e algo para comer numa carroça e lá iam, dispostos a animar qualquer festa dos arredores. Bem sabido é que o vinho pode alegrar as pessoas tanto como uma boa música!
Aquela tasquinha que viu medrar primeiro à minha mãe e depois a mim, hoje é tão-só uma lembrança. É a lembrança de noites de farra, de sons de gaitas e músicas, de cheiro a café de pote, e mesmo de alguma que outra disputa acrescida pelo trânsito de jarras de vinho, mas é, sobreudo, a lembrança de uma vida.
O pessoal do intermédio I aceitou o desafio de escrever histórias e diálogos com base nas fotografias de Gérard Castello Lopes. Agradecemos à Vanessa esta História de uma tasquinha.
Esta
é a história de uma tasquinha que nasceu há muitos anos numa
pequenina e remota aldeia do Norte.
Esta história começa há mais de cinquenta anos, quando os meus avós casaram e vieram morar para esta aldeia. Ao igual que muitas outras pessoas daquela época, daquele lugar, os meus avós começavam uma nova vida sem ter nenhuma coisa que não fosse o um ao outro.
Foi assim que surgiu esta tasquinha, como uma possibilidade de negócio, de ganhar um dinheiro para sobrelevar a nova etapa que tinham à frente. Muito tiveram de trabalhar para aquela tasquinha dar os seus primeiros frutos. Nos seus começos, era a minha avó que se encarregava dela a maior parte do tempo, enquanto o meu avô ia ao monte, ora com gado, ora segar a Castela.
O que lá se vendia era do mais variado, desde cerveja ou vinho até produtos alimentares, passando mesmo por umas meias para os dias frios de inverno, ou um saco de cevada para os cavalos.
Além disso, com a chegada do bom tempo e as romarias, aquela tasquinha tornava-se numa espécie de posto ambulante. Nos primeiros tempos, os meus avós carregavam bebidas e algo para comer numa carroça e lá iam, dispostos a animar qualquer festa dos arredores. Bem sabido é que o vinho pode alegrar as pessoas tanto como uma boa música!
Aquela tasquinha que viu medrar primeiro à minha mãe e depois a mim, hoje é tão-só uma lembrança. É a lembrança de noites de farra, de sons de gaitas e músicas, de cheiro a café de pote, e mesmo de alguma que outra disputa acrescida pelo trânsito de jarras de vinho, mas é, sobreudo, a lembrança de uma vida.
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