AURI P. (Intermédio 2)
Castelos, príncipes, borboletas. Vamos perdendo.
Dorme comigo. Agasalha-me as noites.
Imperfeito como ao amor convém
bebemos e falamos como se a vida fosse eterna.
Agora vou soletreando becos sem saída.
Não te importes amor.
Não te importes se estivermos ocupados
a arrumar os papéis ou desabotoar-me o vestido
porque resistimos à burocracia e ao cansaço.
Não te importes amor se hoje te amo tanto.
São horas. Levo a minha pele à rua.
Uma fome real de pão e do teu corpo.
É assim que se ama.
Contigo sinto "nós".
Com que alimento a imaginação?
É por isso que devemos saber escutar
o aroma da língua,
o coração
e os nossos beijos são a língua delirante do poema.
Não te importes amor.
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
CENTÕES (com versos de Rosa Alice Branco) - ERÓTICO-AMOROSOS
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