Maria Luz Núñez Gómez
2º ano de nível avançado.
Belém do Pará, rua Travessa Dom Romualdo de Seixas, 374, Umarizal. Lá estava eu ao balcão, a beber um café. Na noite passada deitara-me muito tarde em procura da pessoa que tinha na fotografia. Não tivera sucesso. Voltei a apanhar o café e quando ia beber... Era ELA. Acabava de passar pelo passeio. Pedi a conta e saí do bar. Onde é que estava? Acabava de passar por lá, mas agora não a encontrava. Se calhar foi uma imaginação, de tanto ter pensado nela toda a noite. Mas acho que não. Comecei a correr, mas o esforço não serviu para nada. Pensei em tudo o que se tinha passado no dia anterior: por volta das 10 horas um homem chegou ao meu escritório para me dizer que a sua mulher tinha desaparecido havia uma semana. A polícia não conseguia encontrá-la. E foi então que leu no jornal: “Paulo Guimarães. Pesquisador privado. Avenida Almirante Barrosso, 54, 645-362-254.” Telefonou-me e combinámos às dez horas. Chegou na hora exata. O seu relato foi muito simples: não sabia onde é que estava a sua mulher.
- Se calhar, ela quis fugir - disse eu.
- Não - respondeu ele. Há muito pouco tempo que casámos e estamos muito contentes.
Não tinha muito trabalho, pelo que concordei em procurá-la. Apanhei as fotos e - quando o homem foi embora - saí para a rua.
Passei todo o dia à sua procura mas não tive sucesso.
É por isso que hoje estava muito estafado e entrei no bar. O que se passou a seguir já sabem.
… E lá estava na rua sem saber o que fazer. Mas nesse momento foi quando vi a luz: a mulher costumava apanhar o carro e passear pela floresta. Fui nessa direção. O carro estava lá, no rio. Com certeza tivera um acidente. Mas ela não estava lá. Por um lado era lógico: havia oito dias do acontecido, mas onde é que estava?
E foi aí que escutei: “Paulo, Paulo, levanta-te, ou vais chegar tarde ao liceu”.
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