Por Maria José de Arriba
Avançado II
A outra margem apresenta um predomínio de espaços interiores com uma significação muito precisa no desenvolvimento da trama, embora os espaços exteriores tenham um papel muito importante no fim da história. Quanto aos espaços interiores, é interessante estabelecer primeiramente a relação com a luminosidade, pois a ação que é desenvolvida no interior mostra-se com muito pouca luz. Isto faz com que o espetador se aperceba de melhor maneira da negatividade da cena. São exemplos significativos: o local em que trabalha o protagonista, a casa em que moram os pais do seu namorado, o hospital, a casa da irmã. No que diz respeito aos espaços exteriores, eles são vistos, em geral, de maneira positiva pelo espetador, pois refletem ações conciliadoras nos conflitos das personagens. O rio é o lugar que possui mais simbologia, uma vez que ali o Ricardo tenta conciliar-se com o pai e também com a Luísa; porém, não devemos tirar importância ao campo luminoso do Alentejo em que o protagonista espalha as cinzas do seu namorado. Em conclusão, o espetador do filme de Luís Filipe Rocha deve prestar atenção às mudanças de espaço, já que elas são definidoras da ação.
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