terça-feira, fevereiro 02, 2010

CENTÕES (com versos de Rosa Alice Branco) - AMOR

ANGELES P. (Intermédio 2)

Quando te foste ainda não sabia que voltavas.
Depois esquecia a idade que tinhas e a que temos.
E saberás que escrevo com e sem palavras,
com as letras na ponta dos dedos.
Desmantelo o tempo. Tu apareces
existente, alegre,
absorvendo da terra suspiros de alegria.
Mas quando chegas o corpo não tem peso,
acaricias o meu pulso com palavras
e a tua pele desliza sobre a minha.
Contigo sinto "nós".
Tudo o que queria saber estava na tua língua,
pelas palavras com que me acaricias.
"Estarás sempre comigo".
É assim que se ama.


TERESA N. (Intermédio 1)

Quando te foste ainda não sabia que voltavas.
Partiste para estares mais próxima,
onde estás quando procuro no silêncio
só o silêncio.

Ontem sai para a rua e dancei com todo o meu corpo
depois esqueci a idade que tinhas e que temos.
Ontem era o rio ao entardecer, o olhar que acaricia a luz.

Um milagre acede o gesto que se perde na distância
nesse agora instante.
Infinitamente distante das nossas percepções confusas
quero adormecer na cama dos teus olhos
ondulando entre as dunas
na alegria do vento.

Existente, alegre
começo uma coisa inteiramente nova como uma clareira,
contigo sinto "nós",
"nós" é aqui.


CLÁUDIA R. (Intermédio 1)

Desmantelo o tempo. Tu apareces
no meio da gente. Tudo era secreto, cúmplice
enquanto passeamos pelas ruas.

Antes não era eu. Nunca estava dentro
e os meus sonhos não eram de ninguém.
Quando te foste ainda não sabia que voltavas,
agora caminhamos juntos. Sem memória
bebemos e falamos como se a vida fosse eterna.

Não te importes amor.
Não te importes amor se hoje te amo tanto.
É assim que se ama.

Dorme comigo. Agasalha-me as noites,
para mais um dia. Só o coração dilata o tempo.
É preciso dizer:
"estarás sempre comigo".


ÚRSULA P. (Intermédio 1)

Quando te foste
ainda não sabia que voltavas
um milagre
acende o gesto que se perde na distância.

Bebemos e falamos
como se a vida fosse eterna
Depois esqueci
a idade que tinhas e a que temos.

Contigo sinto "nós"
"nós" e aqui
acaricias o meu pulso com palavras
mas realmente é
só no silêncio
que eu sinto "nós".


ANGELES M. (Intermédio 1)


Desmantelo o tempo. Tu apareces
Agora caminhamos juntos. Sem memória.
Antes não era eu. Nunca estava dentro
onde estou quando procuro no silêncio
-Quero adormecer na cama dos teus olhos.

Tu és o meu gerúndio, a negação do tempo.
Dorme comigo. Agasalha-me as noites
com as pétalas abertas do teu nome.

Cada poro é uma ponte, o lugar habitado
Não te importes amor
Não te importes se for outono. Nunca pensaremos.
Às vezes a noite estende-se através da pele,
quando conspiramos no silêncio.
Contigo sinto "nós"
É assim que se ama.
Não te importes amor se hoje te amo tanto.


IRIA P. (Básico 1)


Quando te foste ainda não sabia que voltavas
agora caminhamos juntos. Sem memória
absorvendo da terra suspiros de alegria
acaricias o meu pulso com palavras

Tu es o meu gerúndio, a negação do tempo
onde estou quando procuro no silêncio
a relva da minha infância em forma de trapézio
depois esqueci a idade que tinhas e a que temos.

Quero adormecer, na cama dos teus olhos
sempre os mesmos olhos a desmantelar
não te importes se for outono. Nunca pensaremos.

É assim que se ama
quando conspiramos no silêncio
bebemos e falamos como se a vida fosse eterna.

ANTÓNIO P. (Básico 1)

Todos os amantes. Invento passos e palavras
desmantelo o tempo. Tu apareces,
a tua mão interior a inventar a pele,
amor à tardinha com a vida desarrumada
Quando te foste ainda não sabia que voltavas.
Ajuda-me a ser a tua sede.
Às vezes a noite estende-se através da pele,
deixa-me atravessar a noite que falta.
Agora caminhamos juntos, sem memória;
antes não era eu. Nunca estava dentro.
Abraça-me com essa letra que se alonga,
descansa da luz e do silêncio.
O que penso ser a minha vida em duas horas...
Para mais dum dia. Só o coração dilata o tempo.

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