domingo, novembro 21, 2010

PesCando RISOtaS TugaLugueSaS



O homem está no jardim,
Numa bonita paragem de jasmim!
Tocando o som do clarim
Enquanto come um pudim.

Uhmmm!

Aliás, outro Dom não se pode deliciar
com algum bombom
porque está a fazer jejum
e passa o tempo a ouvir um álbum
lembrando quando pescou um atum!!!

Autores: Jose Quintas, Manu Cobo e Eva Pérez.
Turma de Básico Integrado

quarta-feira, novembro 17, 2010

MANUEL JORGE MARMELO, NA EOI DE LUGO


22 DE NOVEMBRO (2º- FEIRA), 19H00, NA SALA DE CONFERÊNCIAS

O livro AS SEREIAS DO MINDELO, de Manuel Jorge Marmelo, será apresentado na EOI de Lugo na próxima segunda-feira 22 de novembro, às 19h00. Este evento inscreve-se na programação anual de atividades do clube de leitura TUGA-LUGO-LENDO.

APAREÇAM!

domingo, novembro 14, 2010

Luís Aguiar, heterónimo luguês de Fernando Pessoa, envia carta ao poeta


Autor: Erik. 1º de Avançado.
Fotografia de Ofélia Queirós, a companheira sentimental de Fernando Pessoa.

Caro Fernando,


Escrevo-lhe hoje porque não sei nada de si desde que eu lhe mandei o convite para o meu casamento. No dia da celebração estive-o esperando na porta da igreja por mais de duas horas.


Não queria compreender que você não ia vir, mas depois tive de fazê-lo. Desde aquele dia tenho estado a perguntar-me porque é que o Fernando não viera. Eu tenho a esperança de que a minha carta não lhe tivesse chegado.
Em caso contrário receio que não seja mais o meu amigo. Por enquanto, vou pensar que sim que o é.

Eu já casei há dois meses com Cláudia. Você não a conhece, mas eu gostaria de que você viesse a Lugo para poder apresentar-lha. Sei bem que você se perguntará porque é que não sou eu a ir a Lisboa. Eu já não tenho nada lá, meus pais já morreram, você sabia-o, não é? E então tenho essas lembranças que não são muito boas.

Como está a correr tudo com a senhora Ofélia? Eu gostaria de saber mais. Espero que sejam muito felizes. Seguro que já têm pensado em casar-se, não é?

Lamento, mas tenho de me despedir, porque não acabei o texto do jornal, que devo entregar hoje.

Milhares de abraços do seu, sempre muito seu,

Luís Aguiar

P.S. Junto à carta vai um dos meus últimos poemas. Espero que você goste dele.

sexta-feira, novembro 12, 2010

SAMBALANÇANDOLUGOBRASILEIRANDO







Vem à TERRA da amiZade
Nas tuas próXimas férias,
Não terás Saudade de ninguém!


Tudo é alegria, feSta e caCHaÇa (CaipiriNHa)!
FaráS novos amigos
Nos paSSeios pela praia!
A Ritmo do SAMBA veráS
Que queres ficar!
Então, a pergunta é...
Qual é o paíS???

Tu é que sabes, és mesmo um(a) espertalhão(ona)!!!
José Luís Álvarez Álvarez (Chelis)
Básico Integrado

quarta-feira, novembro 10, 2010

MAIN STREET, um texto sobre a Irlanda, em português e em inglês



Joám Guitiám Carril, da Corunha, aceitou o convite de colaborar com Portuluguês, o mais bretemoso blogue do nordeste da Galiza. Ficamos gratos por esta gentileza do além-Costa do Sal.

"Main Street", em versão portuguesa e inglesa, leva-nos à rua principal de Port Laoise, vila chairega da Irlanda, onde o nosso colaborador morou por um tempo.

MAIN STREET

Há quem diga que há um só caminho em Portlaoise que pague a pena percorrer: The Main Street (a Rua Principal). Se isso for certo, será logo como topar uma longa cobra com a cabeça metida numa toca onde deita o seu veneno. The Square tem presa a serpe pola queixada e perante ela abre-se o negrume da costa abaixo do seu abdome, espinha e estômago da vila chairega. Como nas mitologias mais antigas, o animal que encarna o conhecimento apousa a língua perante a pedra dos templos dos deuses: a igreja protestante e as sés vernáculas dos sanedrins dos velhos bebedores.

Fermosa e escura num canto fica a pedra calcária dos olhos da serpe: a igreja protestante, cabeça já baleira do corpo animal de Maryborough. Alouminha mansinha o seu sono de séculos escuros e pentea os cabelos grisalhos com a confiança de uma matriarca abafante que já tem visto morrer Edipo e mais Agamennon.

Sempre a fitar o pouso escuro do tempo, demora ainda mais um bocadinho na companha dos homes do alto tribunal do Sanedrim, saduceus de óculos embaçados por cerveja escura, senhores duma terra onde corre o uísque polas veigas e as maçãs verdejam até o mes do Natal. Eles tenhem a chave do moinho que mói a lenda das palavras, o seu trouso afiado em noites de “poteen” e baladas rebeldes debulha no disco da memória o teu fio para entrares no labirinto – o facho na mão do caminhante que vai ser digerido pola gorja do ofídio.

Onde ainda há cairos dum mármore no qual alma nenhuma joga o dominó, há bebedores de corridas de cavalos com nomes de pégasos da estepe russa; tabernas com apelidos de olá e adeus (Welcome Inn), balcões longos feitos com curraghs de almas perdidas, marinheiros da chaira que bracejam no mar escuro da cerveja; velhos nomes de clã (O’Donoghue’s) a piscar o olho a brasões gentílicos da esmorga (Portlaoise Arms).

Quando os homes tenhem de pagar ao barqueiro a sua passagem à noite polo rio da Main Street, fazem-no com umas moedas grandes e com cervos hasteados como aqueles que nas cantigas desciam beber água à fonte na qual a mulher lava os cabelos. Os barqueiros tenhem por nome Ryan, Delaney, Egan, Bergin. Os cervos ajuntam-se ao sol-pôr e as mulheres já os estão a aguardar na ribeira do Lethean ou Down by the Sally Gardens “my love and I did meet…She bid me take love easy, as the leaves grow on the tree; But I, being young and foolish, with her would not agree.”

No devalar da longa serpe de pedra há dous marcos entre os mundos da terra e mais do céu. Pola banda dos homes do solo e água escura está o Nino’s, coração da Roménia na chaira gaélica, que traz bacalhau e até poderia trazer congros contra a corrente morna do Shannon, para embrulhá-los com patacas em papel gordurento a encher o oco da memória da fome. No campo das estrelas, onde a velha Court House, há outra classe de farturas: a dum teatro e a do papel escrito… o Last Playboy of the Western World revivido num cenário que respira por todos os sotaques, o Hiberno-English de todas as gorjas, em todos os bares, nas escolas, na casa do caminho-de-ferro e até nos pés nus dos novos Christies romaneses da berma do mundo conhecido.

No fim, no fundo da rua, u-los bares rijos com homes com pedras nos olhos (Ryan’s)… moram as lâmias e mais os homes marinhos, a dançarem incansáveis em fragas com bilhas de sidra (Club 23). Ali onde a cobra se troca em crótalo a agitar um guizo seródio para os homes com ferramentas nas mãos a caminho de um trabalho, ou outro, como os pedreiros que erguem de novo o castelo d'el-rei em Cashel (com a música de Jazz nos ouvidos). Deixam trás de si um recendo a turba nas lareiras e as janelas abertas na homenagem à derradeira procissão funerária dum O’Hagan ladrão que por tantas veces as tinha quebrado sem eles estarem nas suas cadeiras ao pé do lume.

Abrente, alba queda. Estantia, golsada sobre a rotunda que leva ao mar, ao Mental Asylum, a cadeia mãe de trabalhos… está a igreja católica de Saint Peter, fim do caminho do qual alguns dizem ser o único que vale a pena ter percorrido. Aqui a serpe já tem mudado a sua pele de escamas: da caliza polida do Square a um humilde muro de tijolo, esconderijo do credo romano. Nela a nosa estirpe de bebedores da chaira remói nesse rodízio de culpas, cera e mais incensários o longo e degoirado ciclo que é a passagem do tempo: o rosário encetado de nove ondas, numa ladainha eterna a chamar por todos os vivos e mais todos os mortos.

MAIN STREET

Some say there’s only one street in Portlaoise worth walking, and that’s Main Street. That being the case, this road is like a long cobra, sinking its head into a burrow and spilling out its venom there. Snared at the chin by The Square, downwards and away slopes the blackened body of this snake, backbone and belly of the midlands capital. As it was in the oldest legends, the serpent of knowledge sweeps with its tongue the stone temples of the gods: the Protestant church, and the local cathedrals of ageing drinking men.

Darkling and beautiful, out of the shadows the limestone eye of the asp keeps watch over the Protestant church, abandoned head of the living being that was Maryborough. Gently stroking the dreams of dark ages, she combs her grey hair through with a sure touch; majestic and beautiful, she has seen Oedipus die, and Agamemnon.

Cloudy dregs of time, behold them still, and sit a while among the sanhedrists of the public house: Sadducees fog-eyed from the black stuff, men from a land where whiskey flows in the fields and the apples go on ripening into the month of December. They hold the key to the word-mill that grinds out legends. Their spindles, tapered sharp by evenings passed in poteen and rebel song, wind into distaff memory the thread to guide you through the labyrinth; snake-throat dark takes the light carried in by the traveller.

Here, the marble dogteeth of a dominoes board that no-one plays; horserace drinkers watching Russian-named Pegasuses; public house surnames of hail and farewell (the Welcome Inn), and long bars made from the curraghs of men that were lost; seamen of the midlands flailing in a sea of beer. Old clan names (O’Donoghue’s) bend an eye across the way on the blazonry of their carousing forefathers (the Portlaoise Arms).

When the time comes for the high council members to pay the ferryman their night passage down Main Street, large coins are produced, coins embossed with the kind of antlered deer that the folksongs would have sent to drink by the fountain where a woman was washing her hair. The ferrymen are called Ryan, Delaney, Egan, Bergin. Evening draws in and the roedeer crowd around, and all the while women wait on the banks of the Lethean; or down by Sally Gardens… where my love and I did meet: “She bid me take love easy, as the leaves grow on the tree, But I was young and foolish, and with her did not agree…

Two points on the ebbing curve of the cobra mark the boundary between this world and the heavens. On the side of men, mud and the murky waters is Nino’s, Latin soul of the Gaelic heartland, bringing cod up the warm stream of the Shannon (conger eels, too, if he could), to wrap them with chips and wads of greasy paper, and fill the gap left by a memory of famine. In the field of the stars, where the old Court House lies, there is dissipation of a different kind: that of a theatre and the written word. Last Playboy of the Western World brought to life on a stage where every accent breathes the Hiberno-English in every mouth; in every bar and in every school, in the station house, right down to the shoeless feet of new Romanian Christies come from the edges of the known world.

At the end of the street, tail and terminus of the snake, lie the rough bars and the rock-stared men (Ryan’s); there where the sea-nymphs and seamen dance their tireless sets and knock back flagon after flagon of cider (Club 23). There, too, is where the cobra turns rattlesnake and with a lazy shake of its rattle salutes the men on their way to work, tools in hand, or the builders off to remake the castle of the King of Cashel (jazz music in their ears). They leave after them the smell of a turf fire and their windows open in homage to the dead thief O’Hagan, for all the times he broke in through them and the fireside chair empty.

Daybreak, first hushed light. Stillness soused over a roundabout that leads to the sea, the mental asylum and the prison employment hub. At the end of the way that some say is the only one worth walking, the Catholic church of St Peter. The snake by now has shifted its scaly pelt: from the worn limestone of The Square to the humble brick shelter of the Roman faith. Inside, our race of drinkers from the plains grind out in this rackwheel of guilt, wax and incense the long, obsessive cycle that is the passage of time: the half started rosary of the nine waves, in an interminable litany calling for the souls of the living and the souls of the dead.

domingo, novembro 07, 2010

O CANEIRO (DE PESCAR ERROS)

O CANEIRO DOS ERROS é uma nova secção do nosso blogue, onde, por falta de trutas e enguias, vamos pescar alguns erros de português que correm pelas nossas boquinhas abaixo.


APÓS = DEPOIS DE # DEPOIS

LOGO APÓS = LOGO EM SEGUIDA # EM SEGUIDA

1. Repara no uso de após nos seguintes exemplos. Que tipo de palavras costumam vir a seguir:

Há ou não há vida após a morte?

A arte portuguesa, após 50 anos de estagnação, ressurge.

Como está o Movimento dos Sem-Terra hoje, um ano após o Episódio do Eldorado dos Carajás.

Após ter lido o livro, ele se virou para mim e disse: [...]

2. É correto utilizar após nos seguintes casos?

a. Primeiro, fomos ver o filme. _____, fomos à praia.

b. Fomos à praia _____ o filme.

c. Fomos à praia ____ que ela veio.

d. Fomos à praia ______ ela ter vindo.

e. Agora estou ocupada. Vemo-nos ______

3. Repara agora nos usos da construção logo após:

Assaltantes presos logo após o roubo

Imagens do Tucano José Serra logo após saber que Dilma o derrotou.

Não vá às compras logo após receber o ordenado.

O significado de “logo após” é próximo do de logo em seguida. As duas significam “imediatamente a seguir”.

PC liga e desliga logo em seguida, qual o problema?

A Maria enganou-se. Ela quis corrigir logo em seguida, mas não lhe deu tempo.

ATENÇÃO!

Em seguida, sem “logo”, indica uma sequência, como depois. É portanto diferente de “em seguida”:

Fiquei três dia no hospital. Depois tive outro acidente. Em seguida, perdi o emprego. Por último, a minha namorada abandonou-me.

Chegou à cada. Beijou à mãe. Em seguida, cumprimentou o convidado.

4. Descreve a sequência de ações de um assaltante que, à noite, entra a roubar numa casa vazia. Utiliza nalgures a expressão “em seguida”.

5. Utiliza a expressão “logo em seguida” para narrar a peripécia vital de um fincionário público que muda radicalmente de vida depois de um acontecimento inesperado.

6. Chave do exercício 2: Pode-se usar após nas frases b e d.


Gustavo Candal, heterónimo luguês de Fernando Pessoa

Àngeles Pacho. 1º de nível avançado.

BIOGRAFIA DE GUSTAVO CANDAL
Gustavo Candal nasce em Lugo em 1914, no seio de uma família liberal com ideias nacionalistas. A sua infância decorre no bairro da Milagrosa, onde frequenta a escola primária.


A 14 de abril de 1931, quando já estuda no liceu masculino, a Segunda República é proclamada. Graças à influência do pai, Gustavo percebe muito bem a transcendência da data para a Galiza.

Por causa de uma viagem a Lisboa, Gustavo conhece o Fernando Pessoa. Dada a afinidade em ideias e gostos, eles combinam várias vezes. Ficam amigos em poucos dias e trocam correspondência até à morte do escritor português.

Gustavo Candal estuda Direito em Santiago de Compostela. Lá, ele conhece a Maria, uma colega. Posteriormente casa com ela e têm dois filhos.

Naquela etapa de estudante, Gustavo reunia-se em tertúlia com um grupo de pessoas no café suíço. Costumavam ler a "Páxina nacionalista" que surgiu em Lugo em tempo da explosão progressista.

Em 1936, Gustavo está a frequentar o último ano na Universidade. Como o levantamento militar e repressão de Franco, aquela etapa de bem-estar termina da noite para o dia.

Gustavo Candal luta na frente, e ao terminar a guerra, tem de exilar-se com toda a família, dado o seu passado nacionalista. Foge dos falangistas. No entanto, ele será feliz nos Estados Unidos. Lá nasce o segundo filho de Gustavo Candal.

Após a ditadura ele regressa à terra, e é homenageado no seu Lugo natal.

Gustavo Candal morre em 1995, satisfeito, depois de anos atrás terem sido legalizados os partidos de esquerda.

CARTA DE GUSTAVO CANDAL A FERNANDO PESSOA

Lugo, 28 de outubro de 1931

Caro amigo e senhor,

Ao sair desse magnífico ambiente que o rodeia, cumpro o dever de expressar-lhe o meu profundo agradecimento pelas atenções e hospitalidade que eu e a minha família recebemos. Meu pai também ficou encantado das conversas que mantiveram.

Todos ficamos com desejos de corresponder a tanta amabilidade, e confiamos que, em breve, se apresente esta oportunidade, talvez durante a sua próxima viagem a este país.

Cumprimentos e um forte abraço para si, do seu amigo e admirador.

Gustavo Candal

UM POEMA DE GUSTAVO CANDAL

Desde criança
Não sem temores nem segredos
Tenho vivido como um republicano
Galego.
Tenho, porém, um alto sentimento
Patriótico.
A minha pátria é a língua
Galega.

quinta-feira, novembro 04, 2010

QUADRAS DE PÃO-POR-DEUS DE FABRICO PRÓPRIO. AQUI TEMOS ALUNOS, OU ENTÃO TEMOS POETAS, OU TEMOS O QUÊ? ESMOLANTES, PÁ??

QUADRAS DE TODO O TIPO,
BREJEIRAS, BENTAS E SAFADAS
OS ALUNOS DE PORTUGUÊS
PARA RIMAR ANDARAM ÀS PANCADAS

Ó Santo Padre
Dê-nos Pão-por-Deus
Que cá por estas terras
Somos muito ateus

Dê-nos Pão-por-Deus
Ó santo Bento
qualquer coisita que seja
nós não temos miramento

Rio Minho
Vento calminho
Dá-nos Pão-por-Deus
Cá para este saquinho

Rio Sil
Vento dezasseis
dá-nos Pão-por-Deus
pode ser um conto de réis.

Dá-nos Pão-por-Deus
dá-nos queijo
dá-nos o jantar
damos-te um beijo

Amiguinhos
aqui chegámos
Pão-por-Deus
a vocês rogamos

Por tudo o que levamos
o nosso agradecimento
para sempre ficarão
no nosso pensamento

Muita tristura levamos
e para vocês desejamos
que fiquem bem sozinhos
e esquecidos dos vizinhos

Somos alunos seus
e a Maria em nós confia
mas o que ela não sabia
é que nós muito mal rimamos
porque ainda não merendamos
Pão-por-deus
e senão aqui ficamos

Nesta turma não há Pão-por-Deus
é que são todos ateus?
Pois quem não dá pão a finados
não são considerados
Assim, se os bolos andam a poupar
que fiquem sem dentes
que fiquem doentes
e não os possam desfrutar!

Estamos com sede
estamos com fome
Pão-por-Deus
para cada homem

Hoje é dia de Pão-por-Deus
e eu estou com muita fome
dá-me algo para comer
não sejas mau homem

Mal raio caia do céu
se não partilhas comigo
um bocado de Pão-por-Deus
e percas o teu melhor amigo

Se não me dás um melão
é porque és um grande cabrão

Pão por deus
Pão deus
dá-mo tu
que ele não cai do céu

Não me deste Pão-por-Deus
vou-me embora
mas quando hei de voltar
não vai ser em boa hora.

Não me deste Pão-por-Deus
nem rebuçados nem fruta
por isso digo-te eu
obrigado sua puta

Se nesta casa nos derem
Pão-por-Deus a quem cá vimos
ficaremos com vocês
muito gratos e sempre amigos

Por nos não darem
o pão que viemos pedir
aos velhos deste lar
os ratos roam o nariz

Por forretas terem sido
esta gentinha malandra
que o diabo deixe para eles
farinha velha de landra

Pão-por-deus
deem-nos, senhores
obrigados ficaremos
meninas, rapazes e velhotes

Cá estamos nós,
pertinho de vós,
à procura do Pão-por-Deus
não sejam judeus

A ARTE DO DIZER

A ARTE DO DIZER
RECITAL POÉTICO-MUSICAL NA EIO DE LUGO: Um aluno e uma aluna da Escola abriram a Sessão Poética dizendo cada um, um poema à sua escolha. Elsa Noronha, 'a guerreira da palavra' dirá um poema de um poeta da Galiza – “Libremente” de Celso Emílio Ferreira. E os diversos poetas africanos e portugueses e outros cantos irão-se sucedendo: Rui de Noronha, Noemia de Sousa, Almada Negreiros, Ovídio Martins, Natália Correia...

JÁ A SEGUIR! TUGA-LUGO-LENDO!

JÁ A SEGUIR! TUGA-LUGO-LENDO!
APRESENTAÇÃO DO CLUBE DE LEITURA Sexta-feira, 4 de dezembro 19h30 IES OLHOS GRANDES (Feminino)

Encontro com Cabo-Verde

Encontro com Cabo-Verde
SEXTA-FEIRA 4 DEZEMBRO - 17h30 Encontro com Silvino Lopes na EOI Lugo 17H30 IES OLHOS GRANDES (FEMININO) Lançamento do livro "Rimas no deserto" e música cabo-verdiana

CAMPEONATO PLANETA NH

CAMPEONATO PLANETA NH
Cafetaria Biblioteca de Alejandria, 6ª, 13 de novembro de 2009, às 21:30H

CONCURSO PLANETA NH

CONCURSO PLANETA NH
Todos ao mesmo tempo! Escolham a sua resposta!

Lançamento do livro "Do Ñ para o NH" e Campeonato do Planeta NH

Lançamento do livro "Do Ñ para o NH" e Campeonato do Planeta NH
Vem participar!

LANÇAMENTO DO LIVRO "DO Ñ PARA O NH" - 13 novembro 2009

LANÇAMENTO DO LIVRO "DO Ñ PARA O NH" - 13 novembro 2009
A malta a rir aprendendo com o Valentim!